O Coaching Cognitivo

O modelo cognitivo de personalidade e funcionamento humano, bem como a Terapia Cognitiva como um sistema de psicoterapia, foram propostos há cerca de 5 décadas, pelo Dr. Aaron Beck.

O Dr. Beck, na década de 50, então professor de Psiquiatria da Universidade da Pennsylvania e reconhecido Psicanalista, na tentativa de avançar os limites da psicoterapia aplicada à depressão e de promover a aceitação da Psicanálise pela Psicologia Acadêmica, adotou a metodologia cientifica e conduziu estudos empíricos com o objetivo expresso de comprovar princípios psicanalíticos. Com base em seus achados empíricos e suas observações clínicas, propôs o modelo cognitivo de depressão, que, evoluindo em seus aspectos teórico e aplicado, resultou na proposição de um novo sistema de psicoterapia, que ele denominou de Terapia Cognitiva.

Coincidentemente, o volume e significância de numerosas propostas e projetos inovadores que tiveram lugar nessa época justificariam a afirmação de que, efetivamente, ocorreu então uma revolução cognitiva. Este aspecto favoreceu a atenção que as primeiras propostas de Beck receberam por parte da comunidade cientifica americana e européia, de modo que, rapidamente, a aplicação da Terapia Cognitiva foi testada e comprovada com sucesso a uma grande diversidade de áreas, inclusive a área organizacional.

A teoria cognitiva inclui, dentre suas propostas, vários conceitos úteis à sua aplicação à área organizacional - flexibilidade cognitiva, habilidades de resolução de problemas, estilos de atribuição, o conceito de auto-confiança ou otimismo como o ingrediente essencial para o sucesso, etc. - e cujas extensões representam um novo arsenal de ferramentas à disposição do profissional de Coaching.

Para a teoria cognitiva, o Coaching Executivo adquire um caráter prescritivo, objetivo e prático. O Coach Cognitivo acerca-se da empresa para avaliar as necessidades expressas e percebidas, formular um plano de ação e mudança, implementá-lo e monitorar resultados. Estudos demonstram que, na esfera organizacional, a estrutura cognitiva dos indivíduos correlaciona-se com:

• susceptibilidade à depressão clínica e à doença orgânica,
• risco de recaída em depressão,
• baixa motivação e baixo desempenho,
• níveis de satisfação no trabalho,
• habilidades gerenciais (destacadamente nas áreas de liderança e motivação) e
• desempenho em vendas.

Programas de intervenção organizacional, fundamentados nos princípios, técnicas e estratégias cognitivos, têm como objetivos, entre outros:

• desenvolver habilidades para a resolução de problemas,
• desenvolver habilidades gerenciais e de liderança,
• desenvolver no líder a percepção sobre o impacto que comportamentos emitidos terão sobre os recipientes e observadores,
• aumentar a satisfação no trabalho,
• melhorar o relacionamento interpessoal,
• melhorar o estado intrapessoal,
• reduzir o 'turnover',
• melhorar o desempenho operacional de indivíduos e equipes, e
• reduzir a baixa persistência.

O Coach Cognitivo contemporâneo reúne as características tradicionais do consultor organizacional, porém está dotado de um valioso recurso adicional - um modelo de funcionamento humano e de modificação de cognições e comportamentos - que o coloca em situação privilegiada frente aos desafios corporativos, sejam eles na área operacional e gerencial como na área das relações interpessoais. O modelo cognitivo confere-lhe ainda um importante recurso para reduzir o impacto que dificuldades intrapessoais venham a ter sobre objetivos, métodos e resultados nas organizações.

Nesse contexto, o ITC - Instituto de Terapia Cognitiva, líder no desenvolvimento profissional e cientifico da Terapia Cognitiva no Brasil, volta-se a essa importante área de aplicação da teoria cognitiva: o Coaching Cognitivo Executivo.